sexta-feira, 14 de setembro de 2007

O Livro Negro do Cristianismo



Nome: O Livro Negro do Cristianismo
Autor: JACOPO FO / SERGIO TOMAT / LAURA MALUCELLI
Nº de páginas: 262
Tamanho: 300 Kb
Formato: rar/doc

Em 1º de junho de 1307, frei Dulcino, líder da seita cristã dos apostólicos, foi queimado vivo em Vercelli, na Itália. Acusado de heresia, antes de ser atirado a fogueira teve a carne arrancada com alicate quente, o nariz quebrado e os órgãos genitais mutilados. Sua história é uma entre as tantas narradas em O livro negro do cristianismo, um vasto panorama das atrocidades praticadas pela Igreja Católica ao longo de dois mil anos.Aqui o catolicismo é analisado sem restrições: da época de seu reconhecimento pelo imperador romano Constantino, no século IV, até a polêmica omissão da Igreja diante do movimento nazifascista em plena Segunda Guerra Mundial, todos os pecados cometidos em nome de Deus são listados em detalhes. A extensa relação de crimes inclui enriquecimento ilícito, tortura e milhares de mortes.Vividos pelos primeiros cristãos, os ensinamentos de Jesus Cristo deram lugar a rígidos dogmas impostos aos fiéis com o passar do tempo. .Qualquer idéia contrária ao que determinava o papa era sinônimo de heresia, e o resultado dessa postura intolerante são acontecimentos tão importantes quanto lamentáveis: a perseguição aos judeus, o genocídio nas Cruzadas, os suplícios promovidos pela Santa Inquisição, o massacre dos huguenotes, o apoio ao regime escravocrata na América católica, entre outros. Uma obra para quem deseja conhecer os obscuros porões da instituição mais poderosa de nossa era.

link para o download: http://w14.easy-share.com/5007091.html

O sucesso consiste em não fazer inimigos

Nas relações humanas no trabalho, existem apenas 3 regras

Regra número 1: colegas passam, mas inimigos são para sempre. A chance deuma pessoa se lembrar de um favor que você fez a ela vai diminuindo à taxa de 20% ao ano.
Cinco anos depois, o favor será esquecido. Não adianta mais cobrar.
Mas a chance de alguém se lembrar de uma desfeita se mantém estável, não importa quanto tempo passe.
Exemplo: se você estendeu a mão para cumprimentar
alguém em 1997 e a pessoa ignorou sua mão estendida,você ainda se lembra disso em 2007.

Regra número 2: A importância de um favor diminui com o tempo, enquanto a importância de uma desfeita
aumenta. Favor é como um investimento de curtoprazo. Desfeita é como um empréstimo de longo prazo. Um dia, ele será cobrado, e com juros.

Regra número 3: Um colega não é um amigo. Colega é aquela pessoa que,durante algum tempo, parece um amigo.
Muitas vezes, até parece o melhor amigo.
mas isso só dura até um dos dois mudar de emprego.Amigo é aquela pessoa que liga para perguntar se você está precisando de alguma coisa.
Ex-colega que parecia amigo é aquela pessoa que você ligapara pedir alguma coisa, e ela manda dizer que no momento não pode atender.
Durante sua carreira, uma pessoa normal terá a impressão de que fez um milhão de amigos e
apenas meia dúzia de inimigos. Estatisticamente, isso parece ótimo. Mas não é. A "Lei da Perversidade Profissional"diz que, no futuro, quando você precisar de ajuda, é provável que quem mais poderá ajudá-lo é exatamente um daqueles poucos inimigos.

Portanto, profissionalmente falando, e pensando a longo prazo, o sucesso consiste, principalmente, em evitar fazer inimigos. Porque, por uma infeliz coincidência biológica, os poucos inimigos são exatamente aqueles que tem boa memória.

Max Gehringer, colunista da revista Época

Deputados X Casseta e Planeta

Pressionada por deputados, a Procuradoria da Câmara vai reclamar junto à Rede Globo pelas alusões feitas no programa 'Casseta&Planeta' exibido terça-feira passada.
Os parlamentares reclamaram especialmente do quadro em que foram chamados de 'deputados de programa'. Nele, uma prostituta fica indignada quando lhe perguntam se é deputada.
O quadro em que são vacinados contra a '*febre afurtosa*' também provocou constrangimento.
Na noite de quarta-feira, um grupo de deputados esteve na Procuradoria da Câmara para assistir à fita do programa. Segundo o procurador Ricardo Izar (PMDB-SP), duas parlamentares choraram. Izar se encontrará segunda-feira com representantes da emissora, para tentar um acordo, antes de recorrer à Justiça.
O presidente da Câmara também se disse indignado:
- O programa passou dos limites. Eles têm talento suficiente para fazer graça sem desqualificar a instituição, que garante a liberdade para que façam graça.
O diretor da Central Globo de Comunicação, Luís Erlanger, disse que a rede só se pronuncia sobre ações judiciais, depois de serem efetivadas. Os humoristas do Casseta & Planeta não quiseram falar sobre o assunto, dizendo *não querer 'dar importância à concorrência '.*
Agora vem o melhor:
A nota de esclarecimento é um primor, vejam: *NOTA DE ESCLARECIMENTO ** 'Foi com surpresa que nós, integrantes do Grupo CASSETA&PLANETA, tomamos conhecimento, através da imprensa, da intenção do presidente da Câmara dos Deputados de nos processar por causa de uma piada veiculada em nosso programa de televisão. Em vista disso, gostaríamos de esclarecer alguns pontos: *
*1. Em nenhum momento tivemos a intenção de ofender deputados ou prostitutas. O objetivo da piada era somente de comparar duas categorias profissionais que aceitam dinheiro para mudar de posição. *
*2. Não vemos nenhum problema em ceder um espaço para o direito de resposta dos deputados. Pelo contrário, consideramos o quadro muito adequado e condizente com a linha do programa. *
*3. Caso se decidam pelo direito de resposta, informamos que nossas gravações ocorrem às segundas-feiras, o que obrigará os deputados a 'interromper seu descanso'. *

domingo, 9 de setembro de 2007

Apostilas para Estudar para o Vestibular

Material com todo o currículo escolar, em apostilas ilustradas divididas em tópicos, com conteúdo bem completo. Dividido por matérias para que vestibulandos e concursandos possam baixar apenas as matérias de interesse.

::..Conteúdo..::

História
Mundo Grego
Roma
Alta Idade Média
Neocolonialismo e a Descolonização
Baixa Idade Média
Renascimento Cultural
Absolutismo e Mercantilismo
Expansão Marítima Européia
Sistema Colonial
Brasil Colônia
Revoluções Burguesas
Revolução Industrial e Socialismo
Crise no Sistema Colonial
EUA nos séc. XVIII e XIX
América Espanhola
Monarquia brasileira - 1° reinado
Monarquia brasileira - 2° reinado
1ª Guerra mundial e Revolução Russa
República Velha
Totalitarismo
Era Vargas
2ª Guerra Mundial
República Populista
Da República Militar à Nova República
O Mundo Contemporâneo

Geografia
Sistemas Econômicos e Globalização
México e América Central
Relevo do Brasil
América Andina e Platina
Vegetação do Brasil e Hidrografia
EUA e Canadá
Clima e Domínios Morfoclimáticos do Brasil
Movimentos Migratórios
Europa - Quadro Natural e Humano
Europa - Quadro Econômico e Político
Extrativismo Mineral e Vegetal no Brasil
CEI
Agropecuária no Brasil
Japão
Industria Brasileira
China
Ásia de Monções
Fontes de Energia no Brasil
Oriente Médio
África - Quadro Natural e Humano
África - Quadro Econômico e Político
Transportes e Comércio Exterior do Brasil
Oceania
Problemas Ambientais

Gramática
Sujeito I
Sujeito II
Predicação Verbal e Complementos Verbais
Predicativos
Adjunto Adnominal
Aposto e Vírgula
Período Composto I
Período Composto II
Período Composto III
Sintaxe e Regência
Crase
Verbo I
Verbo II
Concordância Nominal I
Concordância Nominal II
Colocação Pronominal

Literatura
Introdução à Literatura e Trovadorismo
Humanismo
Classicismo
Camões épico - Os Lusíadas
Barroco em Portugal e Literatura Informativa
Barroco no Brasil
Arcadismo em Portugal
Arcadismo no Brasil
Romantismo
Romantismo no Brasil e em Portugal
Gerações Românticas no Brasil e em Portugal
Gerações Românticas no Brasil
Romantismo no Brasil - Prosa
Realismo/Naturalismo em Portugal
Eça de Queirós e o Realismo
Realismo/Naturalismo no Brasil
Machado de Assis
Parnasianismo
Simbolismo em Portugal e no Brasil
Pré-modernismo - Brasil
Vanguarda Européia
Modernismo em Portugal
Modernismo no Brasil - 1ª fase
Modernismo no Brasil - 2ª fase (poesia)
Modernismo no Brasil - 2ª fase (prosa)
Modernismo no Brasil - 3ª fase
Produções Contemporâneas em Portugal e no Brasil

Redação
Tipos de texto
Formas de linguagem
Narração I
Narração II
Dissertação
Tema (objetivo e subjetivo)
Argumentação

Matemática I
Matemática II
Potenciação
Radiciação
Fatoração
Conjuntos
Funções I
Funções II
Funções de 1° e 2°graus
Inequações de 1° e 2°graus
Vértice da parábola - Imagem da função de 2° grau
Função Exponencial e Logaritmos
Função Logarítmica
Módulo de um n° Real
P.A. I
P.A. II
P.G. I
P.G. II
Geometria Plana I
Geometria Plana II
Polígonos e Quadriláteros Notáveis
Teorema de Tales, Semelhança de Triângulos e Pitágoras de Samos
Pontos Notáveis de Triângulos
Área de Figuras Planas
Funções trigonométricas de um ângulo agudo
Funções trigonométricas no ciclo trigonométrico I
Funções trigonométricas no ciclo trigonométrico II
Arcos
Funções trigonométricas nos triângulos quaisquer
Matrizes
Matrizes e Determinantes
Determinantes
Sistemas Lineares
Geometria Analítica
Equação da Reta
Posição relativa entre retas
Circunferência
Cônicas
Análise combinatória I
Análise combinatória II
Probabilidade

Química
Elemento, substância e mistura
Estrutura do átomo, Z, A e isoátomos
Configuração eletrônica
Tabela periódica
Ligações químicas
Funções inorgânicas (ácidos e bases)
Funções inorgânicas (sais e óxidos)
Reações de dupla troca
Quantidade de matéria (MOL)
Estequiometria
Oxidação e redução
Soluções
Termoquímica
Cinética química
Deslocamento de equilíbrio
pH e pOH
Eletroquímica
Eletrólise
Química orgânica
Nomenclatura de compostos orgânicos e hidrocarbonetos
Funções orgânicas oxigenadas e nitrogenadas
Reações orgânicas
Radioatividade

Física
Mecânica - Cinemática escalar
Mecânica - Movimentos
Mecânica - Vetores
Mecânica - Movimento circular uniforme
Mecânica - Dinâmica - Leis de Newton
Mecânica - Dinâmica - Atrito e plano inclinado
Mecânica - Dinâmica - Força resultante
Mecânica - Trabalho e potência
Mecânica - Energia
Mecânica - Impulso e quantidade de movimento
Hidrostática
Termometria
Calorimetria
Transmissão de calor
Gases perfeitos
Termodinâmica
Espelhos
Refração da luz
Ondulatória
Carga elétrica e corrente elétrica
Leis de OHM e resistores

Biologia
Organização celular dos seres vivos
Os vegetais
Organelas
Os animais
Reprodução das angiospermas
Mitose
Ácidos nucléicos
Síntese de proteínas
Sistema digestório
Fotossíntese
Cadeia alimentar
Sistema respiratório
Lei da Segregação
Sistema abo
Transpiração nos vegetais
Sistema circulatório
Herança dos cromossomos sexuais
Sistema excretor
Bastérias e vírus
Sistema nervoso
Protozoarios e parasitas
Verminoses
Sistema endócrino
Poluição
Teorias de evolução

Inglês
Frases básicas
Present continuous e pronomes objeto
Past to be and past continuos
There to be
Simple present
Simple past
Leitura
Pronomes interrogativos
Preposições
Many or much
The perfect continuous
Future
Leitura
Modal verbs
Adjectives
Past perfect
If clauses
Gerund
Reflexives
Reading
Passive voice
Reported speech
Special difficulties
Vestibulares

E um simulado com questões dos principais vestibulares:
Simulado

Reggae in Maranhão Style - Jamaica Brasileira

O reggae, ritmo nascido na Jamaica, alcançou nas últimas três décadas, uma popularidade em São Luís do Maranhão que não se pode contestar. Esta intensa presença do ritmo no cotidiano maranhense possibilitou o surgimento de um movimento regueiro marcadamente ludovicense, repleto de peculiaridades.

REGGAE, UM CLAMOR AFRICANO

A história deste gênero musical acompanha o próprio percurso histórico do lugar onde nasceu, a Jamaica, uma ilha do Caribe localizada no centro da América Central. Um lugar repleto de índios arawak (em português, aruaques) antes da chegada de seus colonizadores, a Jamaica foi “descoberta” em 1494 por Cristóvão Colombo, e, primeiramente se chamava Xaymaca, nome indígena que significa “terra das primaveras” e, por extensão, “terra da madeira e das águas”.

Com a intensa política de exploração e extermínio do sistema colonial, os índios foram dizimados. Para suprir a carência de mão-de-obra, a ilha recebeu, em seu período de colonização espanhola, e, posteriormente, inglesa, uma grande quantidade de negros da África Ocidental, que, forçosamente, deixavam seu continente-mãe para a realização de atividades compulsórias no Novo Mundo.

Apesar de toda a revolta e humilhação, sempre mostraram sinais de sua sensibilidade, expressando na dança e/ou na música a esperança de melhores dias e a crença de que todo aquele sofrimento seria passageiro. Foram, exatamente, o seu bailado, o seu ritmo e o seu canto de resistência os primeiros alicerces da cultura jamaicana.

O reggae, até nossos dias, continua sendo um canto de descontentamento do povo, um grito de denúncia em favor da transformação social. Foi batizado em 1968 por Toots and the Maytals, com a música Do the Reggay. Segundo os próprios músicos (ou seja, o cantor e sua banda), a palavra teria vindo de raggedy, adjetivo muito utilizado no dia-a-dia jamaicano, que denota algo deteriorado, surrado ou muito usado.

Remetendo-se àquelas primordiais manifestações culturais africanas, percebe-se que o reggae é o resultado de toda uma evolução musical que começou com a forma folclórica mento, fundamentada nas canções dos negros escravizados. Este antepassado do reggae “[...] desenvolveu-se baseado no ritmo das músicas de trabalho que ajudavam os escravos a sobreviver através de longas horas de esforço estafante com a picareta”.

Essa forma musical nativa proveniente de tanta labuta, juntamente com o rhythm & blues americano, motivaram o surgimento do ska, que, por sua vez, originou um outro ritmo, o rocksteady. A transição do rocksteady para o reggae acontece no momento em que esta marcação do baixo se torna ainda mais acentuada e a pulsação mais lenta, dando uma maior cadência ao novo ritmo. E “Nasce assim o movimento Reggae, colocando em primeiro plano o baixo e a bateria, deixando os outros instrumentos como acompanhamento secundário”. (CORONA, 2003).

O ritmo nasceu nos chamados “bairros de lata” da Jamaica, bairros da periferia edificados em barracões de zinco. É através desse dado que se depreende que, desde o seu aparecimento, o reggae sempre foi um som do gueto. Mas a magia do reggae, talvez, esteja no fato de conseguir mobilizar a população negra, mostrar a insatisfação para com a realidade, a discriminação racial sofrida e criar uma atmosfera de valorização das raízes negras, buscando reverter, assim, a opressão.

Com relação à construção e valorização da identidade, o reggae, em São Luís é, sem dúvida, o elemento de identificação da juventude negra, que assim o elegeu desde a década de 70. Uma primeira característica importante do movimento regueiro maranhense a ser citada é que, até hoje, a comunidade regueira de São Luís dança preferencialmente ao som dos reggaes jamaicanos produzidos nos anos 60 e 70 (o que não acontece mais, uma vez que, na Jamaica, a atual tendência é o dance hall, um reggae mais eletrônico) e ainda manifesta um menor interesse pelos reggaes brasileiros. “A preferência é exclusivamente pelo reggae original da Jamaica”.

Outra particularidade a ser destacada é a predileção por músicas mais vagarosas, que evocam uma atmosfera mais apaixonada; “[...] não existe entre os regueiros de São Luís uma ligação forte com Bob Marley. A preferência é por outros cantores considerados mais românticos, como John Holt, Gregory Isaacs, Erick Donaldson, entre outros”.

Uma das razões pelas quais, talvez, este ritmo tenha se fincado em solo maranhense é a grande população negra presente tanto neste estado como naquele país, fato que já leva a uma certa identificação étnica, e, por conta disto, a um gosto comum pelos ritmos de raízes africanas. Poderia ser citada aqui, também, alguma semelhança no meio social, na medida em que os dois povos vivem realidades de pobreza parecidas, e o reggae é, exatamente, um grito de protesto, uma forma de expressão dos menos favorecidos.

Outro possível motivo para a grande identificação do maranhense com o reggae é a semelhança do reggae roots (o executado nos salões de São Luís) com certas manifestações culturais maranhenses, como, por exemplo, o bumba-meu-boi. Esta proximidade musical é, aliás, claramente audível: a célula rítmica do reggae roots é compatível com a de alguns sotaques mais ralentados do bumba-meu-boi (como o sotaque da Baixada) e é, em função desta semelhança, que ambas as células podem ser construídas sob o compasso 2/4.

Percebe-se que a pulsação do reggae feita pelo contrabaixo elétrico e pelo bumbo da bateria é a mesma feita pelo pandeirão e pelo tambor-onça no bumba-meu-boi. O reggae também possui compatibilidade rítmica com uma outra manifestação da cultura maranhense, o bloco de ritmos; a marcação feita pelo pedal da bateria muito se aproxima da do contratempo, aquele longo tambor dos blocos tradicionais da cidade.

Há muitas versões para o primeiro encontro dos maranhenses com o ritmo jamaicano. A versão mais aceita é a de que, no começo dos anos 70, um apreciador de músicas caribenhas àquela época, Riba Macedo, teria tido acesso a alguns discos de reggae vindos de Belém (estes, por sua vez, contrabandeados da Guiana Francesa) e teria começado a levá-los a festas “regadas” aos sons do Caribe, festas promovidas por donos de radiolas, como “Carne Seca” (José de Ribamar Maurício Costa).

Cabe, neste momento, lembrar que o reggae não foi o primeiro ritmo das radiolas do Maranhão, que antes executavam outros ritmos caribenhos, como a salsa, o bolero e o merengue. Estes ritmos embalaram os freqüentadores dos salões de São Luís e do interior (principalmente da baixada maranhense) até meados da década de 70.

Os freqüentadores destas festas, mesmo não sabendo o nome daquele ritmo, aprovaram a sua cadência mais vagarosa e já buscavam seus pares no momento em que os reggaes eram executados. Dançavam-no de forma similar aos outros ritmos caribenhos, num intenso deslizar de corpos, com movimentos de muita sensualidade. Desta “interferência de passos” nasceu uma das particularidades do reggae maranhense, o dançar agarradinho, e, hoje, São Luís é o único ou um dos poucos lugares do mundo onde se dança reggae aos pares”.

Assim, o reggae foi, aos poucos, inserindo-se e firmando-se no gosto do público maranhense, até que na década de 80/ começo da década de 90, consolidou-se como o principal ritmo da periferia de São Luís, que passou a ser chamada de Jamaica Brasileira ou Capital Brasileira do Reggae. Neste momento de grande aceitação da música de Jah, as radiolas já quase não tocavam outros ritmos; sua preferência passou a ser a execução de reggaes que, a partir de então, transformaram-se em verdadeiras “pedras preciosas”. E quão preciosas eram...

Os proprietários de radiolas pagavam quantias exorbitantes pela posse exclusiva de um LP. Esta disputa era tão acirrada, que chegavam a financiar viagens de algumas pessoas para a busca de raridades na Jamaica, Londres, Holanda e França. A mola mestra do movimento tornou-se a exclusividade; as radiolas possuidoras de reggaes raros e comoventes (que abalavam, agitavam e emocionavam) eram as eleitas pela massa regueira. O objetivo do regueiro ao ir a uma festa era ouvir os melôs (os reggaes) exclusivos de sua radiola e sentir a motivação, o delírio do discotecário ao executá-las. Esta capacidade de manter a exclusividade fonográfica garante a alguns proprietários de radiolas a permanecer em evidência junto à comunidade regueira, e, por sua vez, é a comunidade que nesse ranking elege os melhores, independente do tempo de existência da radiola ou do clube.

Atualmente, apesar de muitos reggaes já estarem disponíveis para download na Internet, as radiolas ainda buscam os LP’s originais, uma vez que “A essência do reggae maranhense é o chiado da bolachinha”.

A exclusividade mantém-se nestes tempos de aumento constante do dólar não mais por meio de viagens internacionais, mas pela encomenda de músicas pelos proprietários das radiolas. Com isso, cantores jamaicanos que moram em São Luís, como Norris Colle e Bill Campbell ou mesmo cantores locais como Dub Brown, compõem suas músicas (às vezes até a gosto da radiola), vendem-nas e um contrato de exclusividade é cumprido; a música só poderá ser executada pela radiola que a encomendou até o lançamento do cd do cantor. Estas encomendas musicais são negociadas a preços astronômicos, e pode-se, certamente, inferir-se por meio deste fato que a posse de exclusividades ainda é a grande vedete do reggae.

As radiolas continuam sendo as grandes difusoras do reggae e o seu grande sustentáculo. Somente na capital, há mais de oitenta delas, entretanto se especula que em todo o Estado haja mais de quatrocentas. Esses sistemas colossais de som contam, em média, com 24 a 36 caixas por conjunto, que é chamado de paredão ou coluna. Cada radiola possui, aproximadamente, quatro paredões, quando não existe a divisão de radiolas; a Itamaraty, uma das principais radiolas da cidade, subdivide-se em Itamaraty 1, 2 e 3, ou seja, doze paredões de som! A subdivisão de uma radiola possibilita a participação em vários eventos em um só dia, e, principalmente, a obtenção de maior lucro.

O ritmo do reggae, em São Luís, é um bem cultural da população de baixa renda, que encontra ali, naqueles salões de festa um elo de identificação. Mas apesar de ser um verdadeiro sucesso entre a massa regueira, é visto, ainda, pelas classes de maior prestígio econômico, como um ritmo inferior.

Compreende-se, nesse sentido, que o reggae jamaicano é um produto cultural construído a partir de elementos africanos, em outras palavras, é uma re-elaboração, uma re-significação da cultura africana em terras americanas. O reggae no Maranhão, sem desmerecê-lo, é uma espécie de “café coado duas vezes”, visto que, ao chegar ao Estado, fez-se passar por uma terceira elaboração. Por conta disso, adquiriu contornos particularmente maranhenses, características específicas deste alegre povo que o recebeu e o adotou, tanto que hoje é um dos ritmos que traduz o povo e o modo de viver maranhense.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Estudo diz que futebol emagrece mais que corrida

Em vez de usar um iPod para se distrair, quem busca emagrecer e para isso corre regularmente pode optar por uma atividade mais prazerosa para a maioria dos brasileiros: o futebol. Esse esporte é melhor do que a corrida para queimar gorduras, de acordo com um estudo realizado pela Universidade de Copenhage (Dinamarca).

A pesquisa, que será publicada no britânico "Journal of Sports Sciences", foi realizada em três meses. Foram escolhidos participantes com características físicas semelhantes, com média de 32 anos e 84,4 kg, e que não praticavam esporte regularmente havia dois anos.

Os resultados foram melhores para os 13 jogadores (excluindo-se os goleiros), que perderam em média 3,3 kg e 3,7% da gordura do corpo. Os 13 corredores tiveram desempenho médio inferior: perderam 1,8 kg e 2,1% de gordura.

As atividades aconteceram três vezes por semana durante uma hora. Os jogadores treinaram em um campo com dimensões da metade do profissional, de grama, e os corredores se exercitaram em um ritmo moderado (média de 8 km/h), ao ar livre. Não foi estabelecida dieta, apenas foi pedido aos participantes que mantivessem sua alimentação rotineira.

Além do peso, outro resultado favorável aos futebolistas foi o ganho de 1,7% de massa muscular. O benefício não foi compartilhado pelos corredores, que terminaram as atividades com as mesmas medições.

Segundo o cientista Peter Krustrup, um dos responsáveis pelo estudo, um dos motivos para os resultados é a continua mudança de ações no futebol. "O jogador altera seguidamente as ações de andar, correr, dar "sprints". Além disso ele pula, muda de direção, ataca, se choca com o adversário e usa todas as fibras dos músculos", afirma.

Opinião parecida tem o fisiologista do Corinthians, Renato Lotufo, que diz que os melhores resultados para os futebolistas são possíveis e também propiciados pelos altos momentos de intensidade desse esporte. Ele criticou, porém, o fato de a pesquisa trabalhar com 13 participantes em cada grupo, dizendo que seria melhor com uma amostra maior.

Já para o professor de educação física Gilberto José Bertevello, o futebol pode ajudar a emagrecer, mas se associado a uma dieta. "Não adianta sair do jogo e ir para o churrasco", diz.

Peter Krustrup afirma que outro fator determinante nos desempenho dos atletas foi a diversão. "O futebol é motivador. É importante que o jogador se esforce pelo time."

Na pesquisa, futebolistas afirmaram que a atividade não lhes pareceu difícil, diferentemente dos corredores, que a consideraram mais árdua.

Para o estudante Nicolai Loenne, que perdeu de 2 kg a 3 kg, foi muito divertido jogar. "O problema foi ao final dos primeiros treinos, quando o objetivo não era marcar, mas conseguir continuar correndo."

Krustrup afirma que os resultados poderiam aparecer em outros esportes, como o basquete. Segundo ele, na investigação, os praticantes das duas modalidades tiveram melhoras na pressão sangüínea e na capacidade de absorção de oxigênio, entre outras, o que significa que a corrida também tem muitos benefícios "Se você gosta de correr, continue correndo", diz.

A história dos números arábicos

Os números como os conhecemos hoje são Algarismos Arábicos, e foram trazidos da Índia para o Ocidente e por isto também são chamados indo-arábicos.
Foram criados por Abu Abdullah Muhammad Ibn Musa al-Khwarizmi (778 (?) - 846).
Al-Khwarizmi nasceu na região central da Ásia, onde hoje está localizado o Uzbequistão. Posteriormente emigrou para Bagdá, onde trabalhou na “Casa da Sabedoria” como matemático durante a era áurea da ciência islâmica.

Foram introduzidos na Europa por Fibonacci, matemático e mercador italiano, que escreveu no seu livro Liber abaci os conhecimentos que adquiriu no Oriente.
Logo se popularizou pela facilidade de se calcular valores, em comparação com os Algarismos Romanos, que em cálculos maiores, desprendiam uma verdadeira ginástica mental para se elaborar o cálculo.
Os algarismos indo-arábicos não foram adotados em Portugal nem na península ibérica de imediato, mas com o tempo e as facilidades apresentadas, foram adotados em toda a Europa.
Hoje é usada uma versão pouco modificada destes algarismos na maioria dos países do mundo.

Teoricamente pode-se supor que cada algarismo continha originalmente exatamente a quantidade de ângulos cujo número se desejava representar.
Assim o algarismo "1" era representado por dois traços que se uniam num vórtice superior (como um "V" invertido), o "2" como um "Z", o "3" como um sigma (Σ) invertido, o "4" quase exatamente como é hoje.

Em outras palavras, os números arábicos um, dois, três e quatro foram baseados em traços que formam ângulos, assim:
a) O número um tem um ângulo,
b) O número dois tem dois ângulos aditivos,
c) O número três tem três ângulos aditivos,
d) O número quatro tem quatro ângulos aditivos.
Teoricamente, devido à escrita cursiva, o número quatro teria sido modificado e fechado, facilitando a sua caligrafia e futura tipografia, tornando-o diferente, por exemplo, do símbolo da cruz.
Já o número zero, era representado por um circulo, indicando a ausência de ângulos.

O quadro abaixo ilustra a idéia de ângulos e o fechamento da cruz, originando o número 4, como o conhecemos hoje.

Imagem

O quadro a seguir ilustra todos os números conhecidos e seus respectivos ângulos.