quinta-feira, 23 de agosto de 2007

O que levar em conta na aquisição de TVs de tela plana

Plasma ou LCD? Vídeo-componente ou HDMI? Solucione dúvidas e saiba o que valorizar na hora de comprar sua TV flat de última geração

No concorrido segmento dos televisores, a última palavra em tecnologia são os aparelhos com telas finas, as chamadas TVs flat, com displays de plasma ou LCD de apenas alguns centímetros de espessura.

Cada cada vez mais populares, estes verdadeiros objetos de desejo já foram mais caros. Mesmo assim, ainda estão longe de ser itens considerados baratos.

Antes de sonhar com uma TV fininha pendurada na sala de estar, certifique-se de suas características e diferenciais.

Você vai encontrar a seguir, informações que vai ajudar a eliminar as dúvidas recorrentes entre consumidores.

Panorama geral
Atualmente, existem dois tipos distintos de TVs flat: de plasma e de LCD. Estas tecnologias possibilitaram a existência de equipamentos finos, relativamente leves e com grandes áreas de exibição.

Contudo, as semelhanças param por aí e as diferenças devem ser levadas em conta antes de o consumidor optar por uma delas.

Plasma
Todos os displays de plasma são de formato wide, mais retangular, similar ao utilizado no cinema, e praticamente todos os modelos de TVs de plasma oferecem resolução HDTV.

Os tamanhos das telas começam em 37 polegadas e podem chegar a 103 polegadas. Porém, os mais comuns ficam entre 42 e 63 polegadas.

Os preços, nos Estados Unidos, começam em mil dólares e podem ultrapassar 15 mil dólares. No Brasil, os modelos mais em conta custam cerca de 5 mil reais.

Em qualquer situação, vale a regra: paga-se mais por imagens melhores. Por isso, não esper que um televisor de 5 mil reais possua a mesma qualidade de imagem de um mais bem caro.

Em geral, os modelos mais acessíveis quase sempre têm menor taxa de contraste e resolução menos caprichada de cores escuras, como cinza e preto, exibindo imagens com menor detalhamento.

Um outro agravante: este equipamento fará um trabalho pior na hora de melhorar a imagem de DVDs e programas de TV de definição-padrão para sua resolução nativa. O resultado são imagens que parecem mais granuladas e esmaecidas do que seriam com um processamento mais requintado.

Os modelos mais caros televisores de plasma (qualquer que seja o tamanho da tela) costumam ser os de 1080p, que oferecem resolução de 1920 por 1080.

No caso do esquipamentos com resolução menor do que essa, a melhoria na qualidade da imagem é uma combinação entre o tamanho da tela e da distância a que é visualizada.

Da mesma forma que os monitores CRT, as TVs de plasma usam o fósforo para gerar luz. Isto quer dizer que ele também está sujeito a se "apagar".

Se uma imagem estática é deixada muito tempo em exibição (como um banner ou um logotipo de uma rede televisiva), pode ser ela que não desapareça quando a imagem mudar.

Felizmente, este risco pode ser minimizado com a regulagem de contraste, brilho, cor e nitidez em níveis mais baixos – normalmente, elas vêm de fábrica com esta regulagem em valores muito altos.

Outra medida é esticar a imagem que está em formato quadrado para o padrão 16:9.

Para driblar o problema, muitos equipamentos já utilizam sistemas que movem continuamente a imagem na tela, de forma imperceptível, para prevenir estas “cicatrizes”.

LCD
Os tamanhos dos monitores LCD vão de modelos de 15 polegadas, mais designados ao uso com computadores, a modelos de 65 polegadas e telas wide.

Em tamanhos de tela inferiores a 42 polegadas, os preços dos TVs de LCD chegam perto e ficam pouco acima de alguns modelos de TVs CRT.

Seus preços são mais atraentes que os de TVs de plasma abaixo de 50 polegadas. Para tamanhos maiores do que estes, entretanto, LCDs costumam ser mais caros.

Em matéria de imagem, apesar dos progressos implementados, os LCDs ainda tendem a oferecer menor taxa de contraste do que os TVs de plasma, principalmente devido à dificuldade em reproduzir tons de preto e cinza-escuro.

Além disso, podem ter tempos de resposta mais lentos, que podem produzir efeito de “rastro”, principalmente em filmagens de esportes.

Os fabricantes de LCD já fizeram melhorias nestas ressalvas, acelerando o tempo de resposta e, mais recentemente, introduzindo modelos high-end que atualizam o display 120 vezes por segundo, em vez de 60.

Em geral, os LCDs são alguns centímetros mais grossos que monitores de plasma e tem ângulos de visualização um tanto mais restritos.

Imagens exibidas por TVs de plasma (como no CRT) são mais facilmente visualizadas e não são alteradas quando vistas por ângulos laterais.

Por outro lado, LCDs são imunes ao mencionado efeito de “cicatriz”, menos afetados por ambientes sob forte iluminação, e geralmente contêm mais funções encontradas em televisores convencionais.

São mais silenciosos: o LCD gera menos calor do que as TVs de plasma, dispensando coolers barulhentos.

Especificações
Foi-se o tempo em que era fácil escolher uma nova televisão, bastava olhar algumas especificações e comprar aquela com o preço que melhor se encaixava no seu orçamento.

Hoje, mesmo quem entende de tecnologia, sente-se perdido em meio tantos números, atributos e terminologias.

Para ajudar nesse processo, vale considerar:

Itens importantes

Índice de contraste
A taxa de contraste se refere aos valores máximos da luz de brilho e escuridão que a tela pode produzir ao mesmo tempo. Sendo todo o resto igual, quanto mais alto melhor.

O problema é que o "resto" quase nunca é igual.

Deixar a saída de luz no máximo, por exemplo, pode aumentar o contraste, mas não irá fazer nada além de superar os baixos níveis de escuridão, que tendem a ser o grande problemas com plasmas e especialmente com LCDs.

Então tome os índices de contraste como um guia mais básico a ser suplementado por uma avaliação de uso teste.

LCDs tendem a ter índices de contraste indo de 400:1 a 800:1. Telas de plasma começam em cerca de 600:1 - os modelos top de linha chegam a 1500:1 ou melhor.

Índice de proporção
Este item descreve a relação entre a largura da tela e a sua altura. As mais convencionais possuem índice de 4:3, enquanto os modelos wide-screen são 16:9.

Telas wide-screen tendem a dominar no futuro, que é utilizado nas HDTVs. Além disso, DVDs geralmente parecem melhores em telas wide-screen. Quase todos os filmes rodados nos últimos 50 anos ficam "melhor" se assistidos em telas wide.

Resolução
Diferentemente do CRT, as telas de plasma e LCD possuem uma disposição fixa de pixels: linhas e colunas de elementos individuais que são ativados ou desativados para produzir as formas de luz necessárias para a exibição das imagens.

A resolução é especificada como um número de pixels por coluna pelo número de pixels por linha – por exemplo, 640 por 480, ou 1.280 por 720.

Resolução e contraste (embora este em um grau menor) determinam a quantidade de detalhes perceptíveis na tela.

De modo geral, uma tela é considerada de alta definição se tiver formato wide e possuir uma contagem total de pixels próxima de um milhão.

Assim, 1.280 por 720, 1.366 por 768 e 1.024 por 1.024 são exemplos de resoluções de alta definição.

Telas wide-screen sem alta definição são chamadas de definição aperfeiçoada, com resolução geralmente de 852 por 480. Definição padrão pode incluir 640 por 480 e 720 por 480.

Entradas de vídeo
O número e o tipo de entradas de vídeo determinam quais fontes você pode usar na tela:

Vídeo composto: qualidade menor, mas com compatibilidade mais ampla. Qualquer aparelho que possui saídas de vídeo vai incluir vídeo composto. A conexão é feita com um cabo coaxial de 75 Ohms entre dois jacks RCA

S-Vídeo: Melhor qualidade, e quase todas as fontes de vídeo possuem saídas S-Vídeo, com exceção do padrão VCR. A conexão é feita com um cabo especial e plugs de vários pinos.

Vídeo componente: Alta qualidade. Esse é o padrão mínimo de TVs de alta definição e players de DVD com scan progressivo. Requer três cabos coaxiais de 75 Ohms do mesmo tipo usado pelo vídeo composto.

RGB+H/V: Alta qualidade. Uma conexão analógica vermelho-verde-azul (RGB) horizontal/vertical é algumas vezes usada em vez de um vídeo componente. Essa entrada requer cinco cabos coaxiais de 75 Ohms do mesmo tipo usado pelo vídeo componente.

VGA: Alta qualidade. VGA (Video Graphics Array) é uma conexão analógica RGB usada por conexões de computador e algumas vez no lugar de RGB+H/V.

DVI: A mais alta qualidade. DVI (Digital Visual Interface) é uma conexão digital RGB, comumente usada em HDTV e, ocasionalmente, para players DVD; também pode ser usado para conexões de computador. Requer um cabo especial e vários plugs. Mas atenção: algumas telas com entrada DVI podem funcionar somente com computadores. Outra coisa necessária para garantir a compatibilidade HDTV é aceitar o sistema HDCP (High-bandwidth Digital Content Protection, proteção de conteúdo digital).

HDMI: A mais alta qualidade. HDMI (High-Definition Multimedia Interface) é basicamente DVI com link de áudio digital e HDCP; pode ser combinado com DVI usando cabos adaptadores.

Itens relevantes

Comb Filter: Filtros digitais que eliminam interferências dos sinais de brilho e cor, os comb filter são necessários em TVs analógicas. Em aparelhos de alta definição, ele entra entra em ação para recepção de sinal de TV analógicas ou qualquer sinal vindo através de uma conexão de vídeo composto. Não é usado em outras situações.

Na hora da compra

Espessura: se você pode sobreviver com um aparelho que seja 30 cm mais profundo que um quadro de parede, aparelhos LCD e DLP (Digital Light-Processing) com fundo sobressalente podem oferecer desempenho similar ou superior ao das telas de plasma em tamanhos similares com preço consideravelmente menor.

Pense em DVI: na medida do possível, deve-se obter um conjunto compatível com entradas HDMI ou HDCP. Isso irá lhe garantir compatibilidade total com sintonizadores HDTV e futuros players HD-DVD.

Compare as telas: praticamente todo aparelho de tela plana vai lidar bem com sinais HDTV e DVD. Mas cabos ruins e sinais de satélite podem criar problemas. Não tome nenhuma decisão baseada somente em imagens geradas a partir de fontes primárias. Teste o equipamento com um DVD de um filme com cenas turvas e/ou noturnas. Use-as para checar se há boa reprodução de negros e capacidade de geração de detalhes em penumbras.

Controle remoto: ele pode se tornar seu melhor amigo o o pior inimigo. Verifique se possui botões que brilham no escuro ou outro tipo de iluminação própria para ajudar quando estiver assistindo de luz apagada. As funções comumente usadas são fáceis de encontrar?

Configurações de vídeo: use o controle remote e acesse o menu de ajuste de vídeo para verificar as configurações. Se você achou que a imagem parecia um pouco (ou muito) fora na primeira exibição, tente selecionar as configurações médias de contraste, brilho, cor, tom e contraste.

Não será provavelmente a configuração ideal, mas é provável que seja mais próximo do que você encontrou originalmente. Uma boa TV mal ajustada pode exibir imagens piores do que é capaz. Repita os teste usando várias fontes, incluindo um filme com cenas escuras, se necessário.

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